As tarifas do serviço de água e saneamento continuam com elevada discrepância entre os municípios, segundo um estudo da Deco Proteste verificou as diferenças de preços entre concelhos na fatura global ultrapassam os 376 euros, e defende a urgência de uma regulação tarifária e de um investimento na reabilitação de infraestruturas.
Já nos casos em que o consumo anual de uma família é 180 m3, esta disparidade entre concelhos aumenta para 625,73 euros.
Numa altura em que já se antecipa um aumento médio de 8,5% do preço da água em 2024, a Deco Proteste analisou todos os tarifários de abastecimento, saneamento e de resíduos sólidos a nível nacional.
Relativamente ao consumo anual de 120 m3, ou 120 mil litros por ano, surge em primeiro lugar, como o mais caro, o concelho de Amarante, com uma fatura média anual de 470,13 euros, seguindo de Oliveira de Azeméis com 468,68 euros e Trofa com uma fatura anual de 467,25 euros. Para finalizar o resto dos cinco mais caros, surge Baião e Celorico de Basto com um preço médio anual no consumo da água de 453,32 euros e 451,10 euros, respetivamente.
Quanto ao consumo anual de 180 m3, é no Fundão que está localizada a fatura mais cara, com uma despesa de, em média, os 751,64 euros. Em Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira o preço médio anual é 684,10 euros e 682,82 euros.
A organização de defesa do consumidor conclui, desta forma, que se “mantém o fosso entre estruturas tarifárias com escalões distintos e diferentes custos unitários nos vários concelhos do país”, realidade que resulta em “valores muito díspares” e contribuem “para a falta de equidade das famílias portuguesas “.
Em suma, no país verifica-se uma grande diferença nas despesas de um bem essencial como a água, levando a uma conclusão óbvia: É necessário intervir no assunto e encontrar uma solução para o problema o mais cedo possível, de forma, a esta situação não se agravar.
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