O Governo decidiu cortar rentabilidade dos certificados de Aforro que leva a forte redução de novas subscrições, mas saldo anual é positivo em 10,2 mil milhões euros. Empréstimos das famílias ao Estado “encolheram” 183,9 milhões de euros em dezembro.
No acumulado do ano, o saldo de financiamento do Estado pelas famílias é positivo em 10.221,24 milhões de euros, exclusivamente devido ao crescimento dos Certificados de Aforro (CA), que nos últimos 12 meses engordaram 14,4 mil milhões de euros, uma vez que o saldo deste produto passou de 19.625,50 milhões de euros em dezembro em 2022, para 34,059,09 milhões de euros no final de 2023. Já o saldo dos certificados de Tesouro (CT) diminuiu 4212,35 milhões de euros, ao longo do ano, caindo de 15,243,41 milhões de euros no final de 2022 para 11,031,06 milhões de euros no último dezembro.
O substancial aumento nas poupanças direcionadas para os Certificados de Aforro (CA) durante a primeira metade do ano passado pode ser atribuído principalmente ao significativo aumento das taxas Euribor. Esse aumento é particularmente relevante, uma vez que a remuneração dos CA está vinculada à Euribor de três meses, atingindo seu ponto máximo de 3,5%.
No entanto, em junho, o governo implementou uma redução na remuneração, interrompendo novos aportes na série E e introduzindo a nova série F, na qual a remuneração-base máxima foi ajustada para 2,5%. Além disso, os incentivos para a permanência nesta última série tornaram-se menos atrativos, e o prazo de vencimento foi ampliado de 10 para 15 anos.
A procura pelo mais antigo produto de poupança estatal voltado para particulares também foi influenciada pela baixa remuneração dos depósitos ao longo de grande parte do ano passado. Essa condição, no entanto, apresentou melhorias na segunda metade do ano.
Em relação aos dados de dezembro, observou-se a maior diminuição nas aplicações nos Certificados do Tesouro (CT), totalizando 179,4 milhões de euros e reduzindo o montante para 11.031,6 milhões. Já nos Certificados de Aforro (CA), a redução foi menos expressiva, atingindo 4,55 milhões de euros e levando o total para 34.059,09 milhões. No caso deste último produto, cujo saldo registrou uma queda pelo segundo mês consecutivo, os resgates acabaram por ter um impacto maior do que as novas entradas de dinheiro.
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