Em setembro, Portugal era o quinto país que pior remenurava os depósitos a prazo na zona euro, apresentando uma taxa média de 2,29% referente aos novos depósitos a prazo constituídos nesse mês.
De acordo com o Banco Central Europeu, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo na zona euro foi de 3,08%, em setembro. Nesse mês destacou-se a Croácia como o país que pior remunerava, com uma taxa média de 1,19%, seguida do Chipre (1,53%) e da Grécia (1,75%). Portugal ocupou, como dito anteriormente, o quinto pior lugar com uma taxa média de 2,29% em Setembro e em junho de 1,58%.
Destacados pela positiva, os países da zona euro com melhores remunerações dos depósitos a prazo eram, em setembro, a Estónia (com uma taxa de juro média, em junho, de 3,73%), a França (3,60%) e a Itália (3,54%).
Mário Centeno, o governador do Banco de Portugal, na passada quarta-feira, considerou que tem havido uma evolução da remuneração nos depósitos e fez um "apelo a uma atuação mais efetiva" por parte dos clientes, considerando que há inércia. Centeno considerou que "as ofertas existentes no mercado permitiriam antecipar uma subida mais rápida das taxas de juro dos novos depósitos do que a que se verifica".
Apesar de termos uma das mais baixas da zona euro, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares apresenta o valor mais alto desde abril de 2013. Já os novos depósitos à ordem, que podem ser levantados a qualquer momento, tiveram uma remuneração marginal de 0,02%.
Quanto à taxa de juro de todo stock de depósitos a prazo de particulares, que se refere a todos os depósitos a prazo, quer os depósitos constituídos recentemente quer os mais antigos, era em Setembro de 0,97%, acima dos 0,81% de Agosto, mas, mesmo assim, longe dos 0,07% de Setembro de 2022, de acordo com os dados do Banco Central de Portugal.
Já a remuneração dos depósitos tem subido lentamente, contribuindo para os lucros apresentados pelo setor bancário. Os depósitos totais aplicados nos bancos que operam em Portugal ascendiam a 174,7 mil milhões de euros em setembro, mesmo assim, apresenta menos 3,7% do que no mesmo mês de 2022.
Em suma, apesar de Portugal ser o quinto país da zona euro que pior remunera os depósitos a prazo, apresenta os melhores valores desde abril de 2013, pelo que esta evolução deixa Portugal na cauda da União Europeia
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