Pela primeira vez em dez anos, os preços das casas caíram na União Europeia e na zona euro. Portugal fugiu a este movimento e registou a terceira maior subida de preços entre os países da moeda única.
O ano de 2023 marca o período em que os preços das casas na zona euro voltaram a sofrer uma queda, a primeira que é registada em dez anos. O movimento foi causado, sobretudo, pela contração verificada nas grandes economias, com a Alemanha à cabeça, a registar uma quebra superior a 8%. Portugal, por outro lado, não seguiu esta tendência: não só os preços continuaram a aumentar no ano passado, como as subidas verificadas por cá foram das mais expressivas de entre os países que usam a moeda única.
No conjunto do ano de 2023, o índice de preços da habitação sofreu uma queda média de 0,27% na União Europeia. Já considerando apenas os países da zona euro, os preços das casas diminuíram em 1,1%.
Estas quebras acontecem, contudo, num contexto em que a tendência do mercado foi muito diferente entre os vários Estados-membros, contando-se 13 países da zona euro onde se registaram aumentos de preços e apenas seis com quedas (a Grécia não é contabilizada nesta análise, uma vez que não disponibiliza dados). Assim, a queda no conjunto da zona euro fica a dever-se, sobretudo, às duas economias que mais pesam na análise feita pelo Eurostat: a Alemanha, que representa uma fatia de 21% no índice de preços, e França, com um peso de 15,5%.
O maior crescimento verificou-se na Croácia, onde os preços das casas aumentaram quase 12% no ano passado, seguindo-se a Lituânia, com uma subida de 9,2%, e Portugal, que regista um crescimento de 8,2%, o terceiro mais significativo da zona euro.
Em suma, verificou-se na União Europeia e na Zona Euro uma descida dos preços das casas, devido, sobretudo, à Alemanha e à França. Portugal, como era de esperar, verificou uma das subidas de preços mais acentuadas, posicionando-se como o terceiro país com maior crescimento da zona euro (8,2%).
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